Resenha #569: Ligeiramente Seduzidos - Mary Balogh (Arqueiro)

Título: Ligeiramente Seduzidos
Título Original: Slighty Tempted
Autor: Mary Balogh
Série: Bedwyns #4
Páginas: 288
Ano: 2016
Editora: Arqueiro
Sinopse: Jovem, estonteante e nascida em berço de ouro. É apenas isso que Gervase Ashford, o conde de Rosthorn, enxerga em Morgan Bedwyn quando a conhece, num dos bailes da alta sociedade inglesa em Bruxelas.
Em circunstâncias normais, ele não olharia para ela duas vezes - prefere mulheres mais velhas e experientes. Porém, ao saber que Morgan é irmã de Wulfric Bedwyn, a quem Gervase culpa pelos nove anos que passou longe da Inglaterra, decide que ela é o instrumento perfeito para satisfazer seu desejo de vingança.
Mas Morgan, apesar de jovem e inocente, também é independente e voluntariosa e, assim que entende as intenções do conde, se prepara para virar o jogo e deixar claro que não se deixará manipular por ninguém.
Em Ligeiramente Seduzidos, quarto livro da série Os Bedwyns, Mary Balogh nos brinda com mais uma história fascinante. Em uma trama repleta de traição e vingança, escândalo e sedução, ela mostra que o caminho para o amor pode ser difícil, mas que a recompensa faz cada passo valer a pena.

Se você não leu os livros e/ou resenhas anteriores, não se preocupe

Essa resenha é livre de spoilers

Ligeiramente Seduzidos é o quarto livro da série Os Bedwyns. A história estrelada por Morgan Bedywin e Gervase Ashford foi boa, mas algumas situações fizeram com que ele não fosse tão bom quanto os outros.

Apesar de ter apenas 18 anos, Morgan se mostra mais que uma moça que acabou de debutar na sociedade. A mais nova dos Bedwyns é um tanto romântica e sonhadora, ao mesmo tempo que ela possui opiniões interessantes que vão além de roupas, bailes e rapazes. Mesmo com pouca idade, Morgan tem uma mentalidade bem mais madura do que a maioria dos jovens que conhece, com suas convicções e opiniões bem formadas.

Gervase é um homem que passou quase 10 anos longe da Inglaterra. De início, ele passa a impressão de ser mais um libertino, mas no fundo ele é um homem compreensivo e gentil, que ainda tem muito que se libertar de situações que o magoaram no passado. De início, ele se aproxima de Morgan com intenção de atingir Wulfric, mas logo percebe que a moça é bem mais do que os olhos veem.

Um ponto que gostei bastante foi a ambientação desse livro. Aqui estamos em Bruxelas, nas vésperas da Batalha de Waterloo. Até mais ou menos metade do livro, esse clima permanece e vemos não somente como Morgan e Gervase reagem a essa situação, como outras pessoas que estão na cidade. E é nesse clima incerto que nasce uma grande amizade entre os dois.

Morgan e Gervase funcionaram melhor como amigos do que um casal propriamente dito. Depois de praticamente abandonada pela família que a acolhia em Bruxelas, Gervase tomou para si proteger e cuidar de Morgan, mesmo ela sendo irmã do homem responsável pelo seu exílio, assim como ele sempre era o ombro amigo que ela poderia contar, seja para animá-la ou somente ouvi-la. Os dois criaram um grande vínculo de amizade e companheirismo, mas quando a Mary quis transformar em amor, faltou alguma coisa nessa relação para me convencer. (Como dizem na minha terra, faltou liga)

O fato de Morgan ter 18 anos e Gervase, 30, poderia ser algo que me incomodasse na leitura, mas não. Eu li algumas resenhas comentando que a Morgan era bastante influenciável, mas achei o contrário. Mesmo após descobrir algumas informações sobre Gervase e montar seu plano de vingança, ela estava ciente de todas as complicações que poderiam vir e também como o conde iria se portar. Além do fato que Gervase sempre tratou Morgan como igual, sem nunca menosprezá-la ou diminuir suas opiniões em relação à idade.

Achei meio sem sentido foi o plano de vingança de Morgan: noivar com Gervase e depois acabar com o compromisso. Quando ela descobre a verdade da aproximação de Gervase, ela fica em dúvida sobre a verdadeira natureza da amizade do conde com ela, mas para mim era mais ela tentando se convencer que tudo foi de caso planejado. No meu ver, as atitudes de Gervase em relação à garota quando estavam em Bruxelas, em meio a feridos e incerteza da guerra, não tinha nada a ver com a amargura que ele sentia em relação a Wulfric.

Pelo menos a história serviu para conhecermos mais sobre o passado de Wulfric. Sinceramente estou ansiosa pelo seu livro, já que ele é o tipo "antes sofria, agora sou fria" e geralmente esses são super gados. Enfim... também é dito o que se passou entre ele e Gervase há nove anos e sinceramente, achei que foi uma situação que estava na cara que iria dar ruim para alguém e a desculpa que as pessoas envolvidas deram era o fato de ser jovem. Bem.. amei Morgan colocando as duas no lugar dizendo que também era jovem, mas nunca seria capaz de armar algo do tipo para alguém pois sabe que o prejuízo que traria para a vida dos envolvidos.

Durante a história Alleyne aqui é dando como morto na batalha de Waterloo, mas o livro seguinte ele é a estrela. Então estou bem ansiosa para saber o que passou com ele e a sua volta para a família.

Resenhas anteriores
Livro 1 - Ligeiramente Casados (Slightly Married)
Livro 2 - Ligeiramente Maliciosos (Slightly Wicked)

Livro 3 - Ligeiramente Escandalosos (Slightly Scandalous)