Título: Blackout - O Amor Também Brilha no Escuro
Título Original: Blackout
Autor: Dhonielle Clayton (organizadora), Tiffany D. Jackson, Nic Stone, Angie Thomas, Ashley Woodfolk e Nicola Yoon
Série: ---
Páginas: 272
Ano: 2021
Editora: Seguinte
Sinopse: Seis autoras extraordinárias. Seis histórias de amor entrelaçadas. Uma noite que tinha tudo para ser um desastre ― mas acaba sendo brilhante.
Uma onda de calor causa um apagão em Nova York. Multidões se formam nas ruas, o metrô para de funcionar e o trânsito fica congestionado. Conforme o sol se põe e a escuridão toma conta da cidade, seis jovens casais veem outro tipo de eletricidade surgir no ar…Um primeiro encontro ao acaso. Amigos de longa data. Ex-namorados ressentidos. Duas garotas feitas uma para a outra. Dois garotos escondidos sob máscaras. Um namoro repleto de dúvidas. Quando as luzes se apagam, os sentimentos se acendem. Relacionamentos se transformam, o amor desperta e novas possibilidades surgem ― até que a noite atinge seu ápice numa festa a céu aberto no Brooklyn.
Neste romance envolvente e apaixonante, composto de seis histórias interligadas, as aclamadas autoras Dhonielle Clayton, Tiffany D. Jackson, Nic Stone, Angie Thomas, Ashley Woodfolk e Nicola Yoon celebram o amor entre adolescentes negros e nos dão esperança mesmo quando já não há mais luz.
Apresentando uma coletânea que vai aquecer seu coração, Blackout é mais novo lançamento da Editora Seguinte e provavelmente meu novo amorzinho. É livro para se apaixonar e vivenciar o amor nas suas mais diferentes formas.
Abrindo a obra temos o conto Sem Máscaras é o conto escrito pela autora Nic Stone (a mesma de Cartas Para Martin), e nele iremos acompanhar a jornada de dois garotos que se veem uma situação complicada após ficarem presos no metro durante o apagão. Enquanto JJ está confuso quanto aos seus próprios sentimentos, Tremaine está a flor da pele, lidando com a claustrofobia e a forma como a autora vai trabalhando a dinâmica de ambos é incrível.
Abrindo a obra temos o conto Sem Máscaras é o conto escrito pela autora Nic Stone (a mesma de Cartas Para Martin), e nele iremos acompanhar a jornada de dois garotos que se veem uma situação complicada após ficarem presos no metro durante o apagão. Enquanto JJ está confuso quanto aos seus próprios sentimentos, Tremaine está a flor da pele, lidando com a claustrofobia e a forma como a autora vai trabalhando a dinâmica de ambos é incrível.
Eu me envolvi com a história e mergulhei nas páginas enquanto conhecíamos um pouco mais dos protagonistas em flashbacks bem pontuados e instigante. Todas as dúvidas de JJ são palpáveis e você percebe o quão esgotado ele se senti por esconder quem é. O título não poderia ser mais correto para descrever a lição que esse conto quer nos passar; apesar de máscaras, é impossível esconder nossa essência, quem somos.
O segundo conto é intitulado como Feitas Para se Encaixar e foi escrito pela autora Ashley Woodfolk trazendo um casal sáfico, onde duas garotas que parecem tão diferentes podem descobrir que são mais parecidas do que imaginavam. Eu comecei essa história achando que talvez não fosse me prender. O ritmo dela é bem diferente do conto anterior e eu demorei um pouco para ingressar nas páginas, mas quanto mais descobria de Nella, mais me identificava com sua situação e sua personalidade. E a forma como a relação entre ela e Joss vai se formando é maravilhosamente asfixiante.
O segundo conto é intitulado como Feitas Para se Encaixar e foi escrito pela autora Ashley Woodfolk trazendo um casal sáfico, onde duas garotas que parecem tão diferentes podem descobrir que são mais parecidas do que imaginavam. Eu comecei essa história achando que talvez não fosse me prender. O ritmo dela é bem diferente do conto anterior e eu demorei um pouco para ingressar nas páginas, mas quanto mais descobria de Nella, mais me identificava com sua situação e sua personalidade. E a forma como a relação entre ela e Joss vai se formando é maravilhosamente asfixiante.
Em meados de metade do conto eu já estava torcendo loucamente pelo casal e sou sincero a dizer que esse é um dos meus contos favoritos, não só pela forma como ele se encerra, mas também pela notável aproximação que tive com a protagonista. É uma história sobre persistir e não desacreditar do amor. Para que os ouros nos vejam e nos enxerguem, precisamos primeiros nos amar e nos enxergar.
O terceiro conto e o melhor de todo o livro na minha opinião é escrito por Dhonielle Clayton, a autora organizadora da coletânea. Intitulado como Todas as Grandes Histórias de Amor... E Pó e se passa em uma livraria, tendo como protagonista uma dupla de amigos. Lana e Tristan se conhecem desde que ela se lembra, e agora essa amizade talvez esteja prestes a se abalar com sua partida iminente dali a um dia. Mas antes de ir Lana está decidida a revelar seus sentimentos. Será que Tristan corresponderá?
Esse conto é fofo, mas também poético. É obvio que o clichê do amor entre leitores me faria favoritar ele logo nas primeiras páginas. Além da forte identificação com a personalidade de Lana, eu consegui comprar a amizade deles, as dúvidas dela de assumir seus sentimentos e o medo de não ser correspondida e estragar o vínculo já existente. Apesar de curto Dhonielle fala muito sobre coragem; assumir que amamos é um ato corajoso e não deve ser ocultado. Me envolvi tanto com sua escrita que gostaria de ler mais sobre esses personagens. Um livro deles quem sabe? Não é impossível sonhar.
O quarto conto é escrita pela ilustre Angie Thomas e se intitula Sem Domir até o Brooklyn. Nele vamos acompanhar o complicado dilema de Kayla que está dividida com sua relação atual e aparentemente adquiriu um crush no amigo de seu namorado. Como lidar com essa situação estando presa em um ônibus durante um apagão junto aos dois?
Angie escreve muito bem, eu preciso ser sincero, mas infelizmente não consegui me conectar muito com os dilemas dos personagens, principalmente com Kayla. A premissa da história é interessante e ela conversa muito sobre amarmos nós mesmo, sobre responsabilidade com o sentimento do outro e do quanto precisamos ser sinceros em uma relação. Ainda assim, o conto tem seus ápices de fofura e eu senti que ela queria mais espaço para contar mais, afinal certas problemáticas são pinceladas, mas bem superficialmente. Talvez se tivesse mais algumas páginas, ou quem sabe mais espaço para falar dos personagens ao redor da protagonista, eu tivesse simpatizado com mais facilidade.
O quinto e penúltimo conto é o maior e ele permeia toda a história. Na realidade, o livro abre exatamente com a escrita de Tiffany D. Jackson. Sob o título de A Longa Caminhada essa história vai guiando o rumo que os outros irão seguir, ou seja, ele se parte em vários atos, intercalando sempre o conto de uma outra autora. Na trama acompanhamos a disputa inusitada de Tammi e Kareen, ex namorados que devido a determinada circunstancias acabam presos um ao outro por causa do apagão. Agora, eles precisam superar as diferenças para retornarem para sua casa, em uma longa jornada pelos bairros de Nova York.
Eu gosto da premissa desse conto e acho que em certo ponto ele até funcionou para mim, mas talvez devido ao de ser o mais longo, em determinado momento o drama do casal já não funcionava mais, inclusive tornou-se repetitivo. O clássico exemplo da falta de comunicação.
O terceiro conto e o melhor de todo o livro na minha opinião é escrito por Dhonielle Clayton, a autora organizadora da coletânea. Intitulado como Todas as Grandes Histórias de Amor... E Pó e se passa em uma livraria, tendo como protagonista uma dupla de amigos. Lana e Tristan se conhecem desde que ela se lembra, e agora essa amizade talvez esteja prestes a se abalar com sua partida iminente dali a um dia. Mas antes de ir Lana está decidida a revelar seus sentimentos. Será que Tristan corresponderá?
Esse conto é fofo, mas também poético. É obvio que o clichê do amor entre leitores me faria favoritar ele logo nas primeiras páginas. Além da forte identificação com a personalidade de Lana, eu consegui comprar a amizade deles, as dúvidas dela de assumir seus sentimentos e o medo de não ser correspondida e estragar o vínculo já existente. Apesar de curto Dhonielle fala muito sobre coragem; assumir que amamos é um ato corajoso e não deve ser ocultado. Me envolvi tanto com sua escrita que gostaria de ler mais sobre esses personagens. Um livro deles quem sabe? Não é impossível sonhar.
O quarto conto é escrita pela ilustre Angie Thomas e se intitula Sem Domir até o Brooklyn. Nele vamos acompanhar o complicado dilema de Kayla que está dividida com sua relação atual e aparentemente adquiriu um crush no amigo de seu namorado. Como lidar com essa situação estando presa em um ônibus durante um apagão junto aos dois?
Angie escreve muito bem, eu preciso ser sincero, mas infelizmente não consegui me conectar muito com os dilemas dos personagens, principalmente com Kayla. A premissa da história é interessante e ela conversa muito sobre amarmos nós mesmo, sobre responsabilidade com o sentimento do outro e do quanto precisamos ser sinceros em uma relação. Ainda assim, o conto tem seus ápices de fofura e eu senti que ela queria mais espaço para contar mais, afinal certas problemáticas são pinceladas, mas bem superficialmente. Talvez se tivesse mais algumas páginas, ou quem sabe mais espaço para falar dos personagens ao redor da protagonista, eu tivesse simpatizado com mais facilidade.
O quinto e penúltimo conto é o maior e ele permeia toda a história. Na realidade, o livro abre exatamente com a escrita de Tiffany D. Jackson. Sob o título de A Longa Caminhada essa história vai guiando o rumo que os outros irão seguir, ou seja, ele se parte em vários atos, intercalando sempre o conto de uma outra autora. Na trama acompanhamos a disputa inusitada de Tammi e Kareen, ex namorados que devido a determinada circunstancias acabam presos um ao outro por causa do apagão. Agora, eles precisam superar as diferenças para retornarem para sua casa, em uma longa jornada pelos bairros de Nova York.
Eu gosto da premissa desse conto e acho que em certo ponto ele até funcionou para mim, mas talvez devido ao de ser o mais longo, em determinado momento o drama do casal já não funcionava mais, inclusive tornou-se repetitivo. O clássico exemplo da falta de comunicação.
Levando em consideração o contexto dos protagonistas, tanto Tammi quanto Kareen foram péssimos e transformaram um pingo d’ água em uma tempestade, o que vai criando uma espécie de bola de neve. Não sei se foi a conexão com os personagens, ou a escrita em si, mas em certas partes eu sentia que a autora estava um pouco perdida em como conduzir e isso ficou mais evidente na sua nota no final quando ela mesma diz que romance não é sua praia. Enfim, não creio que seja um conto intragável, mas deixa um gostinho de poderia ser melhor, principalmente na construção do casal, que em momento nenhum, eu me apeguei.
Para encerrar, o conto de Nicola Yoon é de longo o mais divertido e também o mais envolvente. Em sabia no momento que vi seu nome nessa obra que ela tiraria de letra e não me enganei. Seymour & Grace é uma história de amor divertida, onde uma viagem bem diferente acaba colocando passageira e uber em uma aventura pelas ruas escuras de Nova York. E a forma como Yoon constrói essa relação, em tão poucas páginas; a maneira como o pouco torna-se muito e é fácil se apegar aos seus protagonistas, me arrebatou.
Para encerrar, o conto de Nicola Yoon é de longo o mais divertido e também o mais envolvente. Em sabia no momento que vi seu nome nessa obra que ela tiraria de letra e não me enganei. Seymour & Grace é uma história de amor divertida, onde uma viagem bem diferente acaba colocando passageira e uber em uma aventura pelas ruas escuras de Nova York. E a forma como Yoon constrói essa relação, em tão poucas páginas; a maneira como o pouco torna-se muito e é fácil se apegar aos seus protagonistas, me arrebatou.
Tanto Seymour quanto Grace são divertidos e possuem um bom background e me vi investido pelo casal desde a primeira página. Inclusive a dinâmica da autora de separar o conto sob a visão dos dois personagens também é um imenso diferencial. Ela é a única que mostra o outro lado da relação tão mais intimamente.
Enfim, embora o conto de Jackson não tenha me prendido, o saldo dos outros cinco é bastante positivo e devo dizer que Blackout é o tipo de obra que vai me fazer revisitar essas páginas muitas e muitas outra vezes. Exalando representatividade por todas as suas páginas, essa leitura é perfeita para qualquer momento do ano, mas pode ser facilmente devorada em momentos que vão deixar nosso coração muito mais feliz.
Enfim, embora o conto de Jackson não tenha me prendido, o saldo dos outros cinco é bastante positivo e devo dizer que Blackout é o tipo de obra que vai me fazer revisitar essas páginas muitas e muitas outra vezes. Exalando representatividade por todas as suas páginas, essa leitura é perfeita para qualquer momento do ano, mas pode ser facilmente devorada em momentos que vão deixar nosso coração muito mais feliz.
3 Comentários
Belíssima resenha!
ResponderExcluirNossa, eu imagino a fonte nessa capa brilhando no escuro (tipo fosforescente, sabe?). Ficaria linda na estante!
Oi Luiza, tudo bem?
ResponderExcluirJá conhecia o livro pelo título, mas não sabia do que se tratava. Achei interessante os contos, sem falar que a capa é linda.
*bye*
Marla
http://loucaporromances.blogspot.com/
Oi Lu! Eu gostei muito deste livro e com os contos consegui conhecer a escrita de várias autoras. Já quero ler outras obras delas. A longa caminhada foi meu favorito. Bjos!! Cida
ResponderExcluirMoonlight Books
Muito obrigada pela visita e volte sempre!
Deixe seu comentário/opinião; estou muito interessada e ele será respondido assim que possível.
Deixe também seu blog, se tiver, que assim possível farei uma visita :)