Resenha #815: Leitura de Verão - Emily Henry (Verus)

Título: Leitura de Verão
Título Original: Beach Read
Autor: Emily Henry
Série: ---
Páginas: 364
Ano: 2022
Editora: Verus
Sinopse: Em Leitura de Verão, uma escritora de romances que não acredita mais no amor e um escritor literário sufocado pela rotina se envolvem em um desafio que pode subverter tudo o que eles sempre pensaram sobre o que é ser feliz.
Augustus Everett é um aclamado autor de ficção literária. January Andrews escreve romances best-seller. Enquanto ela cria seus “felizes para sempre”, ele mata todos os seus personagens. Eles definitivamente são polos opostos. A única coisa que têm em comum é que, durante três meses, vão morar em casas de praia vizinhas, ambos falidos e paralisados por um bloqueio criativo. Até que, em uma noite nebulosa, uma coisa leva à outra e eles fazem um acordo que tem o objetivo de arrancá-los da zona de conforto: Augustus vai passar o verão redigindo um livro com final feliz, e January vai escrever o próximo clássico da literatura. Ela vai levá-lo a viagens de campo dignas de uma comédia romântica, e ele a acompanhará em entrevistas com sobreviventes de um culto de suicídio (obviamente). Cada um vai finalizar um livro e ninguém vai se apaixonar. Será?

Leitura de Verão é um livro cujo hype é altíssimo e isso me deixou bastante preocupada, já que as expectativas estavam lá em cima. Felizmente para mim o hype é válido e a história uma gracinha.

January Andrews é uma renomada autora de romances, mas que no momento se encontra em um bloqueio criativo. E essa situação piora um pouco quando descobre que vai ser vizinha de August Everett pelos próximos três meses.

Em uma noite, Gus e January fazem uma aposta: o próximo livro terá que ser diferente de suas publicações anteriores. Entre passeios, conversas e mensagens trocadas escritas em papeis, ao final desse verão os dois terão muito mais que seu próximo best-seller.

January é uma romântica incurável que utilizou de romances e finais felizes para atravessar períodos conturbados da sua vida. Entretanto uma revelação envolvendo seu pai a deixou desiludida e assim acaba atrapalhando seu processo criativo. Como acreditar em final feliz se o único que ela conhecia não era tão verdadeiro assim?

De primeira, Gus pode soar bastante arrogante com suas críticas aos romances, mas ao longo do livro e à medida que ele vai se abrindo com January, descobrimos que na verdade ele é alguém que não teve os mesmos exemplos de amor como a autora teve. Porém, apesar de suas opiniões, em nenhum momento ele critica January como escritora. Seus ideais são opostos, mas o respeito é mútuo.

Assim como em Book Lovers, temos um bastidores de um livro; nesse caso o processo de escrita e é nesse processo que o relacionamento deles se desenvolve. Entre passeios românticos para ajudar Gus a escrever seu romance, entrevistas envolvendo um culto suicida para January, conversas envolvendo vinho e deitados nas cadeiras de praia no pátio da casa, os dois vão se abrindo - principalmente Gus - e a relação vai florindo.

Em paralelo temos o desenvolvimento de January com uma situação envolvendo sua família, que acabou afetando sua criatividade. Já tinha visto em Book Lovers que Emily sabe equilibrar esse drama familiar com o romance e o desenvolvimento nele também afeta, de certa forma, seu desenvolvimento com Gus e o seu rendimento.

A leitura de pega de jeito desde o início e quando percebe, já acabou. Pra ficar mais perfeito ainda, seria uma narração do Gus, mas nem sempre temos tudo que queremos. No mais, super indico e digo com toda a certeza que é uma leitura que vai te fazer rir e emocionar na mesma proporção.