Resenha #842: Tempestades do Sul - Brittainy Cherry (Record)

Título: Tempestades do Sul
Título Original: Southerm Storms
Autor: Brittainy Cherry
Série: Compass #1
Páginas: 336
Ano: 2022
Editora: Record
Sinopse: Tudo o que Kennedy queria era fugir. Fugir de um casamento fracassado e sem amor, cheio de traumas e mágoas. E é na pequena cidade de Havenbarrow que ela busca um recomeço. Ao lado da irmã, ela acredita que finalmente está em paz para passar por seu processo de cura.
O que ela não imaginava era que acabaria caindo logo de cara nos braços do sujeito considerado a ovelha negra da cidade. E o pior, eles já se conheciam de um passado muito remoto. Jax e Kennedy frequentaram o mesmo acampamento de verão quando eram mais novos, mas os dois não se viam fazia muito tempo. Hoje, são duas pessoas completamente diferentes.
Um homem frio, com um passado sombrio, Jax é um cara bem diferente do jovem que Kennedy um dia conheceu. Só que ninguém imagina que até a ovelha negra da cidade precisa de um ombro amigo em algum momento. Por trás de toda aquela pose de bad boy de Jax, existe um enorme coração, que já sofreu muito.
Quando o passado dos dois volta para assombrá-los, eles se dão conta de que precisam encarar de frente a tempestade que os espera.

Kennedy Lost é uma mulher em busca de recomeço. Após o término de seu casamento, ela se vê morando na pequena cidade de Havenbarrow. O que ela não sabia que lá também é o lar de Jax Kilter, seu antigo amigo de infância.

Até hoje eu só havia conferido da autora o livro Vergonha, mas quando a editora anunciou o lançamento de sua nova série - Bússola - eu me vi interessada nas suas histórias novamente. Tempestades do Sul não é apenas um romance de segunda chance; é uma história sobre duas pessoas que ainda vivem o luto pela perda de seus entes queridos.

Jax é dito uma má companhia na cidade, mas particularmente eu só vi um homem que possui essa fama por conta do pai abusivo e violento. Kennedy é uma mulher que deseja seguir em frente, mas ainda não sabe como fazer isso sem achar que está manchando a memória da pessoa que mais amou no mundo.

Um sentimento em comum entre Jax e Kennedy é a culpa; ambos se culpam por situções que estavam fora de seu controle. Enquanto Jax ajuda Kennedy a perceber isso, ela também vai tentar convencê-lo do mesmo.

Os capítulos do passado em que os dois eram amigos de acampamento de verão é a coisa mais fofa do mundo e um baita contraste para os adultos que se tornaram. Estando de volta na vida um do outro, Jax e Kennedy vão tentar retomar a amizade que um dia os uniu, mas sabem que não será a coisa já que muito tempo se passou, há mágoa entre eles e ambos já não são mais aquelas pessoas.

A história em si tem um tom bem melancólico e sofrido, mas a escrita da Brittainy de certa forma deixa leve a leitura. A narração alterna entre Jax e Kennedy. Claramente como sendo em uma pequena cidade, temos habitantes enxeridos assim como temos pessoas leals e amizades divertidas. Eu mesma me acabava de rir com as interações entre o jovem Connor e Jax.

Minha única reclamação, que é a mesma de quando li Vergonha, é que a autora resolve seus conflitos de forma corrida e sem muito aprofundamento. Mas, adaptando a ícone Isabela Boscov, naquele momento de leitura, eu me senti acolhida.