Título: Yellowface
Título Original: ---
Autor: R.F. Kuang
Série: ---
Páginas: 350
Ano: 2023
Editora: The Borough Press
Sinopse: Qual é o mal em um pseudônimo? A sensação do best-seller Juniper Song não é quem ela diz ser, ela não escreveu o livro que afirma ter escrito e certamente não é asiático-americana - neste romance arrepiante e hilariante do autor best-seller nº 1 do New York Times R. F. Kuang na veia de White Ivy e The Other Black Girl.As autoras June Hayward e Athena Liu deveriam ser estrelas gêmeas em ascensão: mesmo ano em Yale, mesmo ano de estreia na publicação. Mas Athena é uma queridinha literária de vários gêneros, e June nem conseguiu um lançamento em brochura. Ninguém quer histórias sobre garotas brancas básicas, pensa June.Então, quando June testemunha a morte de Athena em um acidente estranho, ela age por impulso: ela rouba a obra-prima recém-acabada de Athena, um romance experimental sobre as contribuições desconhecidas de trabalhadores chineses para os esforços de guerra britânicos e franceses durante a Primeira Guerra Mundial.E daí se June editar o romance de Athena e enviá-lo para seu agente como seu próprio trabalho? E daí se ela permitir que seu novo editor a renomeie como Juniper Song - completa com uma foto de autor étnica ambígua? Este pedaço de história não merece ser contado, quem quer que seja? Isso é o que June afirma, e a lista dos mais vendidos do New York Times parece concordar.Mas June não consegue fugir da sombra de Athena, e evidências emergentes ameaçam derrubar o sucesso (roubado) de June ao seu redor. Enquanto June corre para proteger seu segredo, ela descobre exatamente até onde irá para manter o que acha que merece.Com sua voz em primeira pessoa totalmente imersiva, Yellowface aborda questões de diversidade, racismo e apropriação cultural não apenas na indústria editorial, mas também no persistente apagamento das vozes e da história asiático-americanas pela sociedade branca ocidental. O romance de R. F. Kuang é oportuno, nítido e eminentemente legível.
June Hayward é uma aspirante a escritora que ainda aguarda ansiosamente sua grande oportunidade no mundo literário. Quando ela testemunha a morte trágica de sua amiga Athena Liu, June acidentalmente descobre um rascunho do próximo livro da falecida, que se trata de um romance experimental. Essa obra explora as contribuições pouco reconhecidas dos trabalhadores chineses nos esforços de guerra realizados pelo Reino Unido e pela França durante a Primeira Guerra Mundial.
Movida pela mistura de admiração e inveja em relação ao talento de Athena, June decide publicar o livro inacabado, assumindo a autoria da obra como se fosse dela.
Yellowface aborda sobre questões de apropriação cultural, privilégio branco e ética literária. Na personagem June, Kuang toca no ponto sobre autores brancos que se apropriam de narrativas marginalizadas para obter reconhecimento e fama, sem realmente compreender ou valorizar as experiências das comunidades que estão representando.
O livro expõe as dinâmicas dos bastidores do mundo editorial, revelando as rivalidades e as panelinhas que muitas vezes permeiam a indústria. June é dissimulada, egoísta, invejosa, e por isso foi muito difícil ter sororidade. Em nenhum momento ela se responsabiliza por suas ações ou acha que está fazendo algo de errado, mesmo com pessoas apontando e teorizando sobre seu "novo livro".
Diferente das outras experiências que tive com a autora (como a trilogia Poppy War e Babel), sua escrita aqui é bastante ágil e o tom de sátira está presente no livro todo. Mas não espere algum arco de redenção de June na reta final; aqui é o típico caso de livro que o protagonista não evolui em nada (se vacilar, só vai piorando durante a história).
No geral, Kuang foi bem cirúrgica em Yellowface ao tocar na questões de apropriação cultural e privilégio branco no campo da literatura. Ao explorar a jornada de June Hayward, ela levanta importantes questionamentos sobre ética, responsabilidade e as consequências de se apropriar de narrativas de outras culturas em busca de sucesso pessoal.
Movida pela mistura de admiração e inveja em relação ao talento de Athena, June decide publicar o livro inacabado, assumindo a autoria da obra como se fosse dela.
O livro expõe as dinâmicas dos bastidores do mundo editorial, revelando as rivalidades e as panelinhas que muitas vezes permeiam a indústria. June é dissimulada, egoísta, invejosa, e por isso foi muito difícil ter sororidade. Em nenhum momento ela se responsabiliza por suas ações ou acha que está fazendo algo de errado, mesmo com pessoas apontando e teorizando sobre seu "novo livro".
Diferente das outras experiências que tive com a autora (como a trilogia Poppy War e Babel), sua escrita aqui é bastante ágil e o tom de sátira está presente no livro todo. Mas não espere algum arco de redenção de June na reta final; aqui é o típico caso de livro que o protagonista não evolui em nada (se vacilar, só vai piorando durante a história).
No geral, Kuang foi bem cirúrgica em Yellowface ao tocar na questões de apropriação cultural e privilégio branco no campo da literatura. Ao explorar a jornada de June Hayward, ela levanta importantes questionamentos sobre ética, responsabilidade e as consequências de se apropriar de narrativas de outras culturas em busca de sucesso pessoal.
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