Resenha: O Reino de Cobre - S.A. Chakraborty (Morro Branco)

Título: O Reino de Cobre
Título Original: Kingdom of Copper
Autor: S.A. Chakraborty
Série: Daevabad #2
Páginas: 704
Ano: 2020
Editora: Morro Branco
Sinopse: Retorne a Daevabad na fascinante continuação de A cidade de bronze
A vida de Nahri se transformou para sempre quando acidentalmente invocou Dara, um guerreiro djinn dividido entre um dever violento do qual nunca poderá escapar e uma paz que teme nunca merecer.
Retirada de sua casa no Cairo e inserida na deslumbrante e traiçoeira corte de Daevabad, ela precisou de seus instintos mais primitivos para sobreviver. Agora, com a cidade impregnada com as consequências de uma devastadora batalha, Nahri deve aceitar os próprios poderes e a herança milenar que jamais sonhou possuir.
Enquanto isso, Ali foi exilado por ousar desafiar seu pai. Caçado por assassinos e à deriva nas implacáveis areias de cobre de sua terra ancestral, ele é forçado a confiar em suas novas habilidades. Mas, ao fazer isso, ameaça descobrir um terrível segredo que sua família há muito mantém enterrado.
Uma nova era se aproxima. Os djinns se reúnem dentro das paredes de bronze de Daevabad para comemorar, mas um poder invisível do desolado norte trará uma tempestade de fogo direto para os portões da cidade. Conseguirão sobreviver a esta ameaça sem precedentes?

O Reino de Cobre se inicia cinco anos após o fim de A Cidade de Bronze, com Daevabad ainda se recuperando das consequências. Nahri, agora uma curandeira e um membro relutante da corte real, está navegando nas águas traiçoeiras da política e do preconceito. Sua jornada é de autodescoberta e resiliência enquanto ela lida com sua herança, sua tristeza pela morte de Dara e sua crescente percepção de que ela é um peão em um jogo muito maior.

Exilado e assombrado por suas ações, o príncipe Ali passa por uma grande jornada enquanto confronta as consequências de seu desafio. Seu arco explora temas de redenção, fé e o peso das expectativas familiares. A introdução do marid e sua misteriosa conexão com Ali adiciona intriga e perigo em seu papel. A jornada de Ali é bem carregada, já ele luta com sua identidade e as ambiguidades morais de suas escolhas.

Temos aqui também capítulos focado em Dara, o guerreiro caído cujo destino é mais complicado do que parecia inicialmente. Seu arco é uma exploração dolorosa do dever, da culpa e da busca pela redenção, acrescentando profundidade à exploração da moralidade e do custo da guerra na história.

A intriga política aqui é ainda mais intrincada e desenvolvida do que no primeiro livro. Chakraborty desenvolve várias situações — tensões tribais, conflitos religiosos e as maquinações da corte real — que só ficamos na ansiedade e esperando as consequências quando tudo explodir.

A construção de universo de Chakraborty é um dos pontos fortes da série. A expansão para além de Daevabad, particularmente através da jornada de Ali no deserto, adiciona novas dimensões à história, mostrando a diversidade e a complexidade dos djinn e sua história. A inclusão dos marid e seus poderes enigmáticos enriquece ainda mais a mitologia da série.

Um dos maiores pontos fortes da história é sua exploração de personagens e situações moralmente complexas. Nada é fácil para os três, e as escolhas dos personagens geralmente vêm com consequências devastadoras. Essa ambiguidade moral faz com que a história se torne mais rica e envolvente.

Em suma, O Reino de Cobre expande o universo mágico já apresentado e se aprofunda nas complexidades de seus personagens, entregando uma história épica com foco em sua exploração de identidade, poder e pertencimento.

Resenhas anteriores

Livro 1 - A Cidade de Bronze (The City of Brass)